* Nos livros paroquiais antigos de Cabo Verde cita com frequência FRANCISCO JOSÉ BOTELHO e seu sogro LUCAS BORGES DE CARVALHO
* Tarcísio Gaspar descobriu nos livros paroquiais um ato de batismo de 20 de maio de 1787 de uma garota chamada Anna, nascida aos dois de dezembro, filha de Valentim Pirs e Maria de Lima, moradores do BAIRRO MUZAMBINHO. Foram padrinhos de batistmo FRANCISCO JOSÉ BOTELHO e sua mulher MARIA DE LIMA.
* Eu encontrei batismo de 11 de fevereiro de 1778 do nascimento de Maria, filha legítima de Valentim Pirs de Camargo e Maria de Lima do Espírito Santo sendo padirnhos Bento Correia de Moraes e Anna Maria filha de Antônio de Siqueria Dias. Não fala o bairro, mas dá o nome completo dos personagens encontrados por Tarcísio.
* Um batistério de 27 de dezembro de 1789 do nascimento de Ignácio, filho de Bento Correa de Moraes e Maria Rodrigues, moradores nas LAGES DE MUZAMBINHO. Novamente foi padrinho de batismo Francisco José Botelho e sua mulher Rosa Maria. Cita que os avós da criança são José [?] de Moraes e de Maria de [?] naturais de São João [?] e neta materna do Alferes José Tomé [?] e de Domingos Rodrigues, naturais da vila de Pindamnonhangaba.
* Batistério de 22 de junho de 1789 fala do nascimento de José de 3 meses, filho de FRANCISCO JOSÉ BOTELHO, natural da Vila de São Miguel, e de Rosa Maria, natural da cidade de São Paulo, moradores de MUZAMBINHO - escrito isso no batistério. Consta que é neto por parte paterna de André Botelho e Izabel Rapoza e neto materna de Lucas Borges de CArvalho. Foram padrinhos Bento Correa e Ignácia Maria, filha de José Gomes. O documento tem trechos ilegíveis.
* Adilson de Carvalho, em seu livro sobre a história de Cabo Verde, p.77 cita FRANCISCO JOSÉ BOTELHO como morador do Muzambinho e dos Campos sem maiores explicações.
* Os genealogistas indicam FRANCISCO JOSÉ BOTELHO como morador da Faz. Campos, de seu sobro LUCAS BORGES DE CARVALHO. Essa localidade "Campos", onde ficava a Faz. Pouso Alegre, aparece em mapas, e fica no município de Campestre.
* https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fsites.google.com%2Fsite%2Fdeciomedeiros%2Fhome%2Fgenealogia%2Fbotelho-de-carvalho&h=ATPxgt3YYKz4LLBu1BjL2n1q20k8A5DK0Hx-5J6BNgFNLfzYH2dpZc9eUvpzxAzAHYxjApxR3aTY-pgQ-cwW6ZGVl7WurvEgmhfHHj98Ajw3NtZS_Z29PDliSEL4YKDIocH7SLISb6IJ indica pesquisas sobre LUCAS BORGES DE CARVALHO e FRANCISCO JOSÉ BOTELHO. "pós a compra desta partida de terras que ficava na capitania de Minas Gerais, Lucas e sua família transferem-se para a região do Descoberto de Nossa Senhora da Assunção de Cabo Verde. Esta partida de terra comprada ficava situada nas cabeceiras do Rio Machado. Esta propriedade recebeu de Lucas a denominação de Fazenda Pouso Alegre. Esta Fazenda fica localizada no bairro dos “Campos”, município de Campestre - M.G., e que até os dias atuais permanece com a mesma denominação: “Fazenda Pouso Alegre”.
* Eneiva Gláucia de Souza Frnaco publicou um livro com o nome "Lucas Borges de Carvalho - Subsídios Históricos e Genealógicos, de Eneiva Gláucia de Souza Franco", onde há um capítulo sobre FRANCISCO JOSÉ BOTELHO. Sumário: https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.plataformaverri.com.br%2Fpdf%2F1167_summary.pdf&h=ATN0imF9fH8JGuL3JuspzwoDK474NskJ1C-7wRGHtWQ5RqrM-8mlG3jtbyZh4b-pTU2yqiWPC3skNCDBQd_aMp4uCWsXDQYq6nMP50g8xdsnr2dZeNHyAqZKvgg5XpCMJNdjjuWaFpnd
* O site de História de Alfenas fala da família PIRES DE CAMARGO como pioneiros de Alfenas, sem maiores detalhes.
PRIMEIRA PERGUNTA: Esse Muzambinho, Bairro Muzambinho ou Lages de Muzambinho é o atual Muzambinho?
HIPÓTESE 1: Sim
HIPÓTESE 2: Esse Muzambinho fica na cidade de Campestre.
Como responder: Além da análise acima, existe no Arquivo de Caldas o inventário de Francisco José Botelho entre 1821 e 1826.
OUTRA QUESTÃO
* Adilson de Carvalho, em História de Cabo Verde, p. 151 fala de DOMINGOS VIEIRA E SILVA, citado nos livros da Paróquia, como morador do BAIRRO MUZAMBINHO. Essa referência aparece no ano de 1794 nos livros da Paróquia, 7 anos após o primeiro registro encontrado de Tarcísio.
* Aspásia Manso Vieira Ayer, escreveu um artigo "Os Pioneiros de Cabo Verde" que descreve a trajetória de Domingos Vieira e Silva. Em 1792 ele ainda era morador de Lavras do Funil, e em 1793 adquiriu uma Sesmaria, na mesma época que se mudou para o VALE DO MUZAMBO. Ela diz que Domingos Vieira e Silva era morador do vale do Muzambo, o que facilita transformar esse nome em Muzambinho ou Bairro Muzambinho.
* José Nicodemos de Figueiredo escreveu um livro sobre a História de Boa Esperança, que eu não conheço, que diz que Domingos Vieira e Silva era morador do Vale de Muzambinho. Ele discorda da versão de Aspásia, mas concorda que ele morou no Vale do Muzambinho antes de adquirir uma Sesmaria. Para José Nicodemos a Sesmaria é no município de TRÊS PONTAS e não de ALFENAS, e é isso que muda. Nada ele contradiz Aspázia sobre o mesmo ser morador do Muzambo
* A Wikpédia conta sobre Domingos Vieira e Silva a versão de José Nicodemos: "Em 1794, já estabelecido na Fazenda Boa Vista, o Alferes José Martins Alfena levou ao batismo sua filha Teresa, sendo padrinho o Alferes Domingos Vieira da Silva, que ainda era morador em Três Pontas, posto que em 25 de setembro de 1793, requerera sua Sesmaria da Pedra Branca que abrangia a "Chapada" e o "Morro Cavado" , da qual tomou posse definitiva a 17 de outubro de 1794, constando como cessionário o irmão Bento Ferreira de Brito (Arquivo Público Mineiro: SC.256, pag. 204 e 204-verso; Arquivo do Museu Regional de São João Del Rei: Ano de 1794, Caixa 23). Assim, depreende-se que só se estabeleceu no vale do Rio Muzambo, depois disto."
* Já o site Alfenas.Org fala em vale do Muzambinho: "Em 1794, já estabelecido na Fazenda Boa Vista, o Alferes José Martins Alfena levou ao batismo sua filha Teresa, sendo padrinho o Alferes Domingos Vieira e Silva, que naquele ano havia se mudado para a região do Bairro do Sapucaí e se estabelecido no vale do Muzambinho, pois em 1792 ainda consta como morador em Lavras, tendo, assim, chegado à região depois dos Martins Alfena. É de se supor que o primeiro contato dos Martins Alfena com Domingos Vieira e Silva tenha se dado em Aiuruoca, onde, residia sua primeira mulher Ana Vilela de Assunção e os pais desta. Provavelmente, foram os Martins Alfenas que estimularam Domingos a se mudar para a região do Sapucaí."
LEVE-SE EM CONTA
* Que o primeiro registro onde há uma ligeira certeza de que o MUZAMBINHO é o mesmo, como BAIRRO MUZAMBINHO, é o batismo de 2 filhas de Pedro de Alcântara Magalhães, no mesmo dia, 19 de março de 1832, onde dizem que Pedro de Alcântara Magalhães era MORADOR DO BAIRRO MUZAMBINHO, no livro paroquial.
* Pedro de Alcântara Magalhães é oficialmente fundador de Muzambinho, onde existe seu túmulo e ele assina como juiz de paz em livro de notas do Juizado de Paz que ainda existe no município. Há relatos de matrimônio de filhos dele e dele servindo como testemunha de batismo e matrimônio nos livros da Paróquia, o que nos faz inferir que aquele Bairro Muzambinho é o mesmo.
* A história oficial atribui a fundação do povoado para 19 de março de 1852. Essa fundação trata-se da intenção de criar uma CAPELA CURADA, e por isso é fundador.
* Note que esse documento de Pedro de Alcântara de 1832 é de 45 anos após o registro que Tarcísio encontrou de BAIRRO MUZAMBINHO, o que torna difícil confirmar se trata-se da mesma localidade.
PROBLEMA: Esse Muzambinho de Doingos Vieira e Silva é o mesmo Muzabinho de Pedro de AlcÂntara?
HIPÓTESE: NÃO!
ALTERNATIVAMENTE: Pode ser
PROBLEMA ADICIONAL: Esse Muzambinho de Domingos Vieira e Silva é o de Francisco José Botelho?
HIPÓTESE: Não sei. Há motivos para que sim e para que não!
E MAIS:
* Atualmente há um bairro Muzambinho em Alterosa
* O trajeto dos rios Muzambo / Muzambinho / Cabo Verde é confuso e variou com o decorrer do tempo, até o alagamento de Furnas
* Há dois rios Muzambo atualmente, um deles com nascente em Campestre.
HISTÓRIA DE MUZAMBINHO
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As principais fontes de consulta PROPRIETÁRIAS © são:
- Cleusa Ely Soares, página “Sou Mais Muzambinho”;
- José Roberto Del Valle Gaspar, páginas “Academia Muzambinhense de Letras”;
- A Folha Regional
- Geraldo Vanderlei Falccuci, livro “Caminhos de Muzambinho”
- Adilson de Carvalho, livro “História da Freguezia de Nossa Senhora de Assunção de Cabo Verde”
- Edgar Prado Bardy e José Carlos do Prado, “Memórias Políticas de Juruaia”
- José e Geraldo Ribeiro do Valle (editores), “Guaxupé: Memória Histórica A Terra e a Gente”
- Luis Roberto Passos Júnior, “Muzambinho História Eleitoral e Política”
- Tarcísio Martins, livro “Quilombo do Campo Grande”
- Amir Além Aquino, várias obras
Agradecimento às várias pessoas que propiciaram esse trabalho!
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