SALATHIEL DE ALMEIDA


Prof. Salathiel de Almeida (foto da Galeria de Diretores da Escola Estadual Prof. Salatiel de Almeida)

Sob a forma de externato, o colégio funcionou até 1903. Mas, neste ano, a anarquia invadiu-o. A luta política, que então se acendeu, ameaçou destruí-lo.
As o dr. Salathiel e o cônego Pedro Nolasco (elemento conciliador por excelência) entraram em campo e conseguiram da Câmara uma remodelação do colégio. Mandaram adaptar o antigo mercado, o dr. Salathiel assumiu a direção do estabelecimento, ampliaram-se os estudos. (LYCEU, 1928b)

Nesse cargo o Dr.Salatiel permaneceu por mais de três décadas e meia. Tratou logo de reformular e aperfeiçoar o sistema educacional até então adotado, introduzindo novos processos pedagógicos, melhorando as acomodações, ampliando áreas de trabalho. Inaugurando o internato para ambos os sexos. (MONTANARI)

Fizeram-se as primeiras preleções em Fevereiro do ano seguinte ao de sua criação. Funcionou os dois primeiros anos sob a forma de externato. Reorganizado em moldes mais perfeitos com a instalação de um internato para ambos os sexos e com a ampliação do seu programa de ensino, segundo o feitio do Colégio Pedro II, assumiu o cargo de diretor um esclarecido pedagogista: o prof. Salatiel de Almeida, que, antes da equiparação, ali prelecionava a cadeira de matemática. (SOARES, 1940)

            Em 1904, Salathiel de Almeida já era o diretor do Lyceu Municipal de Muzambinho. Como vimos nas citações de Montanari, Soares e na revista do Lyceu, a direção de Salathiel aconteceu em 1904, com reforma pedagógica e física no Lyceu, o ampliando, criando o internato e implantando um ensino secundário de fato. A partir de 1904, uma série de importantes modificações foram implantadas:
            - reorganização do Lyceu em 1904;
            - criação da Escola Normal, em 1906;
            - equiparação ao Colégio Pedro II, em 1908.
            Acho interessante a forma que o prof. Júlio Bueno conta esses episódios, em discurso em ocasião da inauguração da estrada de ferro em Muzambinho, dirigindo-se ao dr. Américo Luz, publicado em Bueno (1923, p. 18-19):
            Esta cidade, como Goethe no supremo arranco, chamava e pedia luz, luz em que seus filhos mergulhassem os espíritos sedentos de saber, e eis que surge o modesto Lyceu, que pouco mais era que uma escola primária nos seus primórdios. Correm dias, dias amargos, mas a semente fora lançada, a terra é forte e os frutos não tardaram a ser desprender da fronde. Animados e com os primeiros resultados, acode-nos no espírito uma aspiração – a equiparação do Lyceu às escolas normais do Estado.
            Comunicada a idéia ao dr. Américo, ela incontinente se torna uma realidade. O decreto nº 1.920 de 12 de Julho de 1906, assinado pelo presidente de Minas, o digno estadista Francisco Antônio Salles, representa um triunfo para a nossa terra, para essa benemérita edilidade e para a provecta diretoria do acreditado estabelecimento. Creio não ser preciso mencionar o nome do general dessa campanha vitoriosa. [refere-se à Américo Luz]
            Aí o tendes, tendes aí essa grinalda de flores mimosas. O seu brilho, o seu aroma nos falam melhor do que a minha palavra incolor e fria.
            Um dia Salathiel, têmpera de aço, animo alentado, vai a Monte Cristo, o Tabor da nossa Transfiguração, e de lá traz a promessa do dr. Américo de se empenhar pela equiparação do Lyceu ao Ginásio Nacional. Era um sonho em que só acreditavam meia dúzia de utopistas entre os quais relembro do saudoso nome de Pedro Nolasco. O sucesso não pode ser mais completo: o decreto numero 1.352 de 11 de Março de 1909 coroou definitivamente o nosso anseio. [...]

            Além disso, houve uma série de eventos e festas comemorativas, publicação de folders e revistas, implantação de cursos, e episódios de visitas políticas.

            Este capítulo tratará dessas modificações, dos eventos, do cotidiano da escola, até 1929, quando o Lyceu foi transformado em ginásio oficial do estado. É interessante, para escrita de uma história do ensino secundário no país, conhecermos a história e o cotidiano de escolas equiparadas ao ginásio modelo do país, e acho que o Lyceu é um importante exemplo de escola equiparada.

Salathiel Ramos de Almeida – O Velho Beca
           
            Salathiel nasceu em Lambari, ainda Águas Virtuosas, a 9 de abril de 1876. Filho de Joaquim Albino de Almeida e Emília Cândida. Fez o curso primário em Lambari, o Normal em Campanha e se diplomou em Agrimensura (MONTANARI)[1]. Durante sua vida, Salathiel de Almeida teve três esposas, Corina Lopes, Lila Gonçalves e Conceição dos Reis[2]. As três, professoras normalistas, dirigiram a Escola Normal anexa ao Lyceu. Do seu primeiro casamento teve como filhos Corina Geralda (falecida ainda menina), Lélio e Joaquim Albino (médicos), José Ari, João Eugênio e Salathiel Filho[3] (advogados) e Maria Corina (professora secundária). Não teve filhos com D. Lila Gonçalves. Com D. Conceição dos Reis[4] teve Maria Lélia de Almeida Mattos. Salathiel faleceu em novembro de 1950 em São Simão[5] e foi sepultado em Muzambinho (MONTANARI).
            Foi apelidado de “Velho Beca” por seus colegas, conforme nos relata Montanari:
Era chamado de o “Velho Beca”, carinhoso apelido que trazia desde os tempos de estudante, dado por colegas. Segundo contam ele costumava equiparar sua camisola escura de dormir “a beca do grande educador” que pretendia ser mais tarde.
E que foi de fato... (MONTANRI)

            Entre as realizações do prof. Salathiel esta a criação da Escola Normal e do Patronato Lindolfo Coimbra, que falaremos no decorrer deste texto.
            Montanari, como muitos outros, ressaltam Salathiel como importante pedagogo:
Tratou logo de reformular e aperfeiçoar o sistema educacional até então adotado, introduzindo novos processos pedagógicos, melhorando as acomodações, ampliando áreas de trabalho. Inaugurando o internato para ambos os sexos, elevou o programa de ensino de seu educandário ao nível e padrões do Colégio Pedro II do Rio, conseguindo equiparação oficial logo após, pelo Decreto Federal 7352, regalia raríssima na época. (MONTANARI)

Segundo Montanari, o filósofo Jackson de Figueiredo considerava Salathiel de Almeida o “O maior dos educadores do seu tempo”, tendo recebido inclusive elogios do Presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, em visita à Muzambinho em 1928:
O Ginásio mantinha cursos primários, normal, preparatórios, e comercial, chegando a ter mais de 600 alunos matriculados anualmente. Havia até aulas de Lógica e Psicologia, etapas avançadas para a época. O Prof. Salathiel promovia certames esportivos internos e externos, merecendo inclusive elogios públicos do Presidente Antônio Carlos quando de sua visita a cidade em 1928. Além disso, criou, incentivou a criação de gêneros líteros-musicais, além das sessões literárias e ciclos de estudos feitos por conferencistas e intelectuais vindos especialmente do Rio como Jackson de Figueiredo, Faria Brito, Padre Leonel França e outros. Ao seu lado, possuía educadores do gabarito de Almeida Magalhães, Carlos Góes, Honório Armond, Júlio Bueno, Amadeu Amaral, Pedro Saturnino, Antônio Correa Pinto, José Tocqueville de Carvalho, Armando Coimbra, José Fraissat de Almeida, Licurgo Leite, Mário Magalhães, Pedro Nolasco, os irmos Antônio e J. Saint Clair de Magalhães Alves.
           O ensino ministrado era de elevado padrão. O diretor era inovador e atualizado. As bancas examinadoras eram compostas de catedráticos do Colégio Pedro II do Rio. Muzambinho se tornou o centro de cultura a ponto de merecer do escritor Jackson de Figueiredo o apelido de “Atenas do Sul de Minas”, e ao Prof. Salathiel como sendo “O maior dos educadores de seu tempo”. O Ginásio produziu inteligências brilhantes como da estatura do teatrólogo Odilon Azevedo, dos poetas Honório Armond, Michelet Navarro, Uriel Tavares, dos mestres de Direito Jacy de Assis, Osvaldo Valadão, Álvaro Berlúcio de Paiva, Jacomino Inacarato, dos professores Orlando Magalhães Carvalho e Eurico Cunha, dos mestres Carlos Góes, Pedro Saturnino e Lídio Bandeira de Melo, o jornalista Isaac Salum Santos e outros espalhados por este Brasil afora. (MONTANARI)
            Montanari, em sua biografia de Salathiel também destaca seu caráter:
O Prof. Salatiel lecionava diversas matérias, mas preferia a Matemática e o Português no Curso Normal. Tinha uma memória prodigiosa capaz de reproduzir inteiramente um discurso recém ouvido.
           Era rigoroso com a disciplina e severo na advertência mas nunca se excedia partindo para a agressão física ou moral. Como cidadão, como professor, como chefe de família, sempre foi um homem autêntico. (MONTANARI)

Vários outros documentos tecem elogios ao educador:
O estabelecimento de ensino brilhou então numa fase de franca prosperidade (1904) fadada ao mais brilhante futuro; pois, Salatiel de Almeida, além de um espírito compenetrado de sua nobre e árdua profissão, (...), foi, por outros motivos, um estupendo arauto do progresso a que viria atingir o Liceu Municipal de Muzambinho.
           Filho natural de Lambari, antiga Águas Virtuosas, veio para Muzambinho, procedente de Campanha, onde sofreu a prodigiosa influência daquele belo centro de cultura, tendo, para o magistério, desabrochadas a sua inteligência e sua tendência. Fez-se professor e agrimensor. (SOARES, 1940)

O importante líder político local, deputado Lycurgo Leite, do mesmo grupo político de Salathiel (os “Tucanos”), em comício em Monte Belo, de apoio aos candidatos da Aliança Liberal, em 1929:
Parabéns conterrâneos meus! Cumpriste o nobre dever realçando o mérito pessoal com gratidão! Entre os diversos fatores de teu engrandecimento, ó Athenas sul mineira – de modo visível se destaca o da valiosa cooperação de teu grande amigo e filho adotivo – dr. Salathiel. Nobre cidade é justo o teu orgulho e teu contentamento, homenageia este respeitável educador que te impulsionou a vida econômica, social e intelectual.
           Agora dr. Salathiel, eu velho vos saudar em nome da primeira turma de ex-alunos do Lyceu, em nome desta legião de ex-alunos que receberam vossos úteis ensinamentos e que hoje, mourejando em longínquas passagens, vós lembram com saudade. Em nome deste povo e dos vossos ex-discipulos eu vos saúdo e abraço. (O Muzambinhense – 24/11/1929)
            Exaltações no jornal “O Muzambinhense”, órgão oficial do Partido Republicano Mineiro, em virtude de seu aniversário:
A data de hoje, que marca o aniversário natalício do dr. Salatiel de Almeida, há muito deixou de ser uma data íntima – merece homenagens que, há mais de 6 lustros a mocidade estudantina lhe vem tributando e as quais a nossa sociedade tem aderido jubilosamente – para se tornar uma das mais caras efemérides desta cidade.
           Também não podemos deixar de ser assim, pois se trata de levar ao notável educador, cujo renome já transpôs as fronteiras do município e do estado, uma pequena, porém sincera, prova de amizade, de estima, de gratidão e de reconhecimento pelo imenso acervo de serviços que tem prestado a esta cidade e aos seus habitantes.
           Espalhados pelo Brasil afora, em todas as classes sociais que nas lides intelectuais, nas profissões liberais, na indústria, no comércio, no funcionalismo, nas classes agrárias e proletárias – se encontram representantes da juventude que nos bancos do antigo Liceu Municipal – criado, mantido e desenvolvido pela energia tenaz, pela dedicação infatigável do prof. Salatiel de Almeida – teve o seu espírito e seu caráter plasmados pela mão do mestre, que a ela deu além de salutares e perfeitos ensinamentos, grandes e lídimas lições e exemplos de bondade, de altruísmo, de hombridade, de retidão, de lealdade e de trabalho útil e perseverante.
           Por isso é com imensa satisfação e sinceridade que aos muitos votos de felicidade recebidos, hoje, pelo dr. Salathiel de Almeida, juntaremos os nossos. (O Muzambinhense – 09/04/1933)

Nesta mesma edição do jornal, aparece as homenagens feitas por três ginasianos[6]:
É hoje o dia de aniversário do nosso Reitor. Muzambinho inteira rende-lhe os mais expressivos tributos de admiração pela sua glória.
           Todos os recantos da terra brasileira sentem, como um raio de luz, o reflexo de sua obra venerável – a de educar a mocidade.
           Há 32 anos que ele se empenhou nesta luta, sem sentir entretanto, um momento sequer de desânimo e de cansaço.
           Sempre conservou-se no seu posto de honra, dedicando-se exclusivamente ao cumprimento do dever.
           Venerar o nome do nosso ilustre mestre, é o que nos impõe a mais sagrada das obrigações – a da gratidão.
           A inteligência e energia de que é portador, nunca consentiram que qualquer coisa contraditória aos nossos dever de estudantes e de cidadão, se asilasse dentro de nossos sentimentos e da nossa razão.
           Sempre além os nosso espíritos de saber e progresso, para num gesto duplo e sincero, engrandecer a nós e a nossa pátria de que é um grande servidor.
           É uma data, por excelência, consagrada ao aniversariante, cujo espírito vivificador irradia a luz do saber sobre a mocidade da nossa terra.
           Alma generosa que derrama em abundância o fluir do enobrecedor da ciência sobre as levas sucessivas de jovens, que sobre sua proteção, passam por esse Ginásio.
           Muzambinho, dia a dia reconhece-se grata pelos numerosos benefícios prestados por este espírito perfeito.
           Os alunos do Ginásio por nós representados, dedicam nesta coluna uma humilde homenagem ao propugnador da educação, fazendo-lhe os mais fervorosos votos pela sua felicidade.
           Embora humilde, ela traduz os sentimentos dos nossos corações reconhecidos. Pelos Ginasianos. (O Muzambinhense – 16/04/1933)
            O jornal também fala do agradecimento de Salathiel, que se mostra, feminista:
Agradecido, o dr. Salathiel de Almeida pronunciou uma notável oração, onde em estilo leve, cintilante e atraente, teve ensejo de dizer muita verdade sobre o papel e a atuação da mulher dentro da nossa atual organização social – mas que o egoísmo e a vaidade masculina tem, até hoje, conseguido abafar e ocultar. (O Muzambinhense – 16/04/1933)

Várias outras manifestações positivas em relação a Salathiel podem ser encontradas, algumas revelando traços de seu caráter:
Para efeito de tão gloriosa ascensão, teve ela por ponto de partida o Liceu Municipal, do qual Salatiel de Almeida foi uma espécie de [ilegível]mones. Ele tornará-se, pois, sem dúvida, o maior dos educadores mineiros e respirando o incenso do centro cultural de Muzambinho, delicados poetas ali tiveram, esfuziante, o seu estro; outros tiveram exteriorizada, à flor [ilegível] versos, a sua tendência, a sua inspiração, os seus motivos! Uns, filhos de Muzambinho, outros, dela filho pelo coração, tantos foram os anos que viveram e onde realizaram a messe de sua poesia. (SOARES, 1940)

Salatiel Ramos de Almeida, filho de Lambari, de fazer de Muzambinho, pelo seu Liceu, a Atenas Sulmineira. Ele o conseguiu. Nós coadjuvamos. (PEREIRA FILHO, 1991)

Quero, sem muito esforço, relembrar sua gente: Salatiel mais disciplinador do que pedagogo (PEREIRA FILHO, 1991)

Egrégio Mestre”. “V. Excia se impôs à nossa estima pela imaculada alvura de um coração imputado, pela afabilidade de um coração generoso cheio de bondade sem limites: bem que se afaga, não se esquece nunca! (Leônidas de Mello e Souza, em 22/9/1926 - LYCEU, 1928b)

            Salathiel, por ocasião do 25º aniversário do Lyceu recebeu um álbum de assinaturas de ex-alunos: “... é uma simples coleção de assinaturas: as assinaturas aqueles que vos são gratos, que conservam em seu coração um profundo reconhecimento por tudo quanto de vós receberam: a educação e o ensino.” (LYCEU, 1928b). A primeira assinatura é de Lydio Machado Bandeira de Mello. Outras assinaturas presentes são de Lindolpho Coimbra, Armando Coimbra, Lauro Campedelli, Fábio de Oliveira Coimbra, mais tarde, seus adversários políticos pica-paus.
            Segundo Noé de Azevedo, em artigo publicando no jornal “A Folha de São Paulo”, Salathiel seria: “talvez o mais acatado [educador]  do Estado de Minas”.

            Montanari faz a colocação em sua biografia de Salathiel: “Não foi político, não teve poder nas mãos, não ocupou cargos importantes, e no entanto, influenciou toda uma cidade. Suas armas eram o giz na mão e a fé no coração”. Veremos que isso não rigorosamente certo. O que faz essa história interessante, e que a faz diferente é a politicidade de Salatiel. Ele era político sim, e muito influente. Tinha contatos com Antônio Carlos, Valladares, Francisco Campos e Capanema, entre outros, foi líder dos Tucanos após a morte de Lycurgo Leite e influenciou toda a política municipal até a ditadura do Estado Novo, quando foi calado e transformado em herói morto (apesar de vivo).
            Claro, Salathiel talvez tenha sido obrigado a se enveredar para a política para garantir benefício para sua escola. Talvez a política tenha sido um meio de Salathiel conseguir fazer seu ginásio progredir. Talvez... Sabemos que, apesar de sua participação política, Salathiel era um sonhador, um idealista, um homem de visão ampla.


Todo material e imagens acima, nessa página são livres e podem ser utilizados de acordo com a licença:

citando como autor Otávio Luciano Camargo Sales de Magalhães
(não se aplica para o publicado daqui para baixo)





[1] Aqui há uma informação contraditória. Segundo Montanari, Salathiel teria feito o curso Superior de Agrimensura em São Paulo, mas informações do site http://www.berin.com.br/releases/roberto.htm (acessado em jan. 2007), destacam o seguinte texto: “Anexo à Escola Normal houve entre os anos de 1893 e 94, um Curso de Agrimensura, do qual foram professores, entre outros, Francisco Honório Ferreira Brandão e o ilustre jurista João Luiz Alves, cuja única turma se diplomou em 1894.” Na relação de nomes encontram-se 11 nomes, entre eles Salathiel de Almeida e Júlio Bueno. É importante observar que este texto fala sobre a História de Educação em Campanha e cita várias vezes o poeta Julio Bueno, que foi um dos primeiros professores do Lyceu.
[2] Veja a passagem de Montanari: “Em 1906, a fim de atender a todas as necessidades da população, fundou, anexando-a ao seu Lyceu, a Escola Normal, que foi dirigida pela competência de suas colaboradoras, Sras. Corina Ferreira Lopes, Lila Gonçalves e Conceição dos Reis. Fez funcionar também com êxito e muito boa freqüência um curso primário.” (MONTANARI)
[3] Segundo relatos d’O Muzambinhense, Salathiel Filho já acompanhava os pais nos comícios pró-Getúlio Vargas e Olegário Maciel em 1929 e 1930. Segundo o mesmo jornal, ele era juiz de Guaranésia em 1936: “dr. Salatiel de Almeida Filho, juiz de Guaranésia” (O Muzambinhense – 14/06/1936)
[4] Sobre seu casamento com D. Conceição dos Reis: “NÚPCIAS - Em oratório particular, na residência do pai da noiva, realizou-se, no dia 9 do corrente, o casamento do Professor Dr. Salatiel Ramos de Almeida, digno e ilustre Reitor do Ginásio Mineiro de Muzambinho, com a distinta Senhorita Conceição dos Reis, Diretora da Escola Normal e dileta filha do casal Osório dos Reis – D. Constância dos Reis. Foram padrinhos, no ato religioso, por parte do noivo, o dr. José Ari de Almeida e sua Exma. Senhora D. Íris Lacerda de Almeida e, por parte da noiva, o sr. Honório Carli e Exma. senhora D. Zilma Carli. Testemunharam o ato civil, pela noiva o Prof. José Maria Armond e a Exma. Snra. D. Petronilha Inacarato Bueno e, pelo noivo, o Sr. José Fraissat de Almeida e a Exma. Sra. D. Júlia Vieira de Almeida. Por ocasião do casamento que se realizou na intimidade, receberam os nubentes inúmeros telegramas e cartões de felicitações.Na corbeille da noiva vimos vários e lindos presentes de pessoas da família e de amigos. Aos noivos o “Muzambinhense” envia parabéns e deseja felicidades.” (O Muzambinhense – 17/01/1937)
[5] Em São Simão há uma Rua chamada Salatiel de Almeida.
[6] Rubem Sales Fernandes, Garibaldi Introcaso e Espir Felipe da Silva