PASCHOAL PETRECCA

Pascoal Petreca Neto



História da Família Petreca e da Escola de Moçambo
Em  meados de 1870 a família Petreca, imigrantes italianos chega a nossa região e fixa moradia em Moçambo, dedicando-se a cafeicultura.
Nesse local o seu Paschoal Petreca vem a conhecer outra imigrante italiana, a Sra. Rufina Chagas com quem viria a se casar, dando origem a extensa família com oito filhos: Ubaldo, Domingos, Salvadino, Antônio, José, Gabriel, Nuncia e Filomena.
Essa descendência continuou expandindo suas atividades no local, onde residiam e trabalhavam. Na época Moçambo apresentava-se como uma comunidade unida, festiva, animada e em franco desenvolvimento e achava-se estruturada em torno das famílias Petreca, Magalhães, Raggi, Almeida, Onório, Cassiano e Berteloni com foco nas atividades agrícolas, pequenos comércios e serviços locais.
Contribuia para esse desenvolvimento a estrada de ferro com uma estação local, onde hoje funciona a atual escola.
A estação também representava um centro de lazer e encontro da comunidade, que tinha por hábito acompanhar as chegadas e partidas dos trens reforçando os vínculos e as intenções sociais e o contato com os viajantes da região.
Um dos filhos- Ubaldo casou-se com Izabel Leo, filha de imigrantes italianos de Muzambinho e constituíram moradia em Moçambo onde nasceram os filhos: Edith, Armando. Rosa, Paschoal Netto e Nelia. Nesse período existia uma escola com uma sala de aula, conhecida como escola do Licurgo Leite (Advogado de Muzambinho).
Com o desenvolvimento da comunidade Ubaldo percebeu a necessidade da criação e expansão da escola local, tendo então doado um terreno e construído um novo prédio que também servia de residência para a professora responsável.
Esta escola recebeu o nome de Escola Paschoal Petreca em homenagem a seu pai. No início funcionavam 1º, 2º e 3º ano do antigo primário tendo como primeira professora a Sra. Maria de Lourdes Nogueira Magalhães (conhecida como Liquita).
Após este 1º período as demais professoras já se deslocavam de Muzambinho para o período letivo, não mais permanecendo na comunidade.
Nesta época ocorre o casamento de Paschoal Petreca Netto com Maria Conceição Magalhães, ambos nascidos e residentes em Moçambo, tendo gerado os filhos. José Carlos, Marco Antônio, Júlio Cesar, Cleide, Cleonice e Claudete.
Na época a família residiu por pequeno período na sede da escola, que não mais se destinava a moradia da professora, local onde nasceu a filha Cleide e estudaram os filhos mais velhos José Carlos e Marco Antônio.
Dado o crescimento da família houve a necessidade de mudanças para duas outras casas maiores e após 7 anos a família muda-se para Guaxupé onde permanece até hoje e onde o Sr. Paschoal Netto desenvolveu sua vida conforme a biografia anexo.
Nascido em 15/10/1926 em Moçambo, distrito rural de Muzambinho, nesta região onde a família de imigrantes italianos se fixaria no campo; filho de Ubaldo Petreca e Isabel Léo Petreca. Neste local cresceu e realizou seus primeiros estudos. Mais tarde, já moço e casado com Maria Conceição passou a trabalhar com transporte de caminhão fazendo a linha de leite de Moçambo e participando ativamente da estória do Laticínios Polenchi em Guaxupé, indústria que teve importância expressiva na atividade econômica do município em seus primórdios de desenvolvimento, e onde estabeleceu sólidas amizades com seus companheiros de trabalho tanto na zona rural quanto na cidade.Isto dado seu caráter franco,retidão moral, honestidade e sólidos valores religiosos.
Nesta época transferira-se para Guaxupé onde fincou raízes, aqui tendo vivido por cerca de quarenta e cinco anos até seu falecimento precoce em 13/05/1995, devido a insidiosa doença que o acometeu, tendo nos roubado seu convívio prazenteiro e exemplar para deixar-nos um legado de intensas saudades. Todos nós o tínhamos como referência de pai de família amoroso e ao mesmo tempo severo e exigente que dava o exemplo de cidadão, homem religioso e isto ensinava e estimulava seus familiares.
Com isto constituiu família extensa, unida e feliz, com uma prole de seis filhos, José Carlos, Marco Antônio, Júlio César, Cleide, Cleonice e Claudete, a quem deixou exemplo de trabalho ( que começou bem cedo em sua vida) e honestidade irrepreensível que perduram como um esteio e inspiração para todos nós.
            Foram tempos difíceis e heróicos aqueles, onde nossa região ainda carecia de boas estradas e no período das chuvas o transporte pesado na zona rural era extremamente difícil e sacrificado e ele nunca media esforços, fossem quais fossem, para cumprir com suas obrigações diárias de recolher o precioso leite que viria enriquecer a mesa familiar de tantos.
Pertenceu à sociedade Vicentina durante todos esses anos, tendo se dedicado ao trabalho voluntário de atendimento aos pobres e necessitados, e estando à frente do Asilo da cidade, onde realizou profícua gestão. Nesta empreendeu a compra do sítio que até hoje dá subsídios e renda de grande valia à manutenção da entidade. Lá, com o na Sociedade Vicentina também deixou amigos e o bom exemplo que o notabilizou em sua vida de homem simples, honesto, pai cuidadoso e dedicado, marido presente e respeitoso e amigo fiel e sempre à disposição de todos que dele precisavam.
Sua casa sempre esteve aberta a extensa rede de familiares que ali sempre encontravam o acolhimento e o calor humano daquele casal humano daquele casal afável e sempre disposto ao serviço de familiares e amigos. A sociedade precisa muito de pessoas assim, cujo legado é um exemplo de retidão e serviço.
             
 BIOGRAFIA DA CÂMARA MUNICIPAL




Maio/2011