O professor da maior confiança de Salathiel: Antônio Magalhães Alves
Talvez, depois de
Salathiel de Almeida, o nome mais destacado da história do Lyceu, Ginásio
Mineiro e Colégio. Um dos mais destacados da história de Muzambinho.
Antônio
Magalhães Alves nasceu em
Três Corações no dia 25 de maio de 1895 na Fazenda São
Joaquim, em Juiz de Fora. Foi aluno, inspetor de alunos, chefe da disciplina,
professor e vice-diretor de Salathiel de Almeida no Lyceu.
Dr. Antonio Magalhães Alves, advogado e professor de
geografia e história, com honrosa tradição no magistrado do Lyceu, onde
trabalha desde menino e tem ocupado com rilho todos os postos, na docência e
administração: inspetor de alunos, chefe de disciplina, professor e
vice-diretor; (LYCEU, 1924)
Quando
o Ginásio Mineiro de Muzambinho foi criado, junto com Nestor Lacerda, foi o
primeiro docente a tomar posse. Para isso deixou o cargo de promotor público que
exercia em Muzambinho, acumulado com o de vice-diretor do Lyceu:
A. Magalhães Alves deixou a promotoria para tomar posse
(O Muzambinhense – 06/04/1930)
Era
elogiado “pelas suas invejáveis
qualidades morais e pela sua sólida e brilhante cultura” (O Muzambinhense –
28/05/1933)
Foi
eleito em 1936 vereador e presidente da Câmara Municipal, que exerceu até a
ditadura do Estado Novo fechar o legislativo em todos os níveis. Tinha contatos
com o Presidente Antônio Carlos, e antes
das divergências com dr. José Januário de Magalhães, tinha relações e contatos
firmes com Benedito Valladares, com quem teve conversas pessoais.
Antônio Magalhães
Alves (LYCEU, 1924)
Foi
um vereador combativo, sendo um dos líderes do grupo Tucano, que decretou a
cassação do dr. José Januário de Magalhães, acusando-o de peculato, no início
de 1937. Ele tomaria posse no lugar do prefeito.
Demitido
em 1937 após o golpe de Vargas, se transferiu para São Sebastião do Paraíso, em
seguida para Alfenas e depois para São Lourenço.
Em
1948 volta para Muzambinho para assumir o posto de diretor do recém aberto
Colégio Estadual de Muzambinho, fazendo justiça “a moda Tucana”, que muito
incomodou os tucanos e o governador mineiro Juscelino Kubitschek.
Para substituí-lo [Salathiel], o governador Milton
nomeou um veterano do colégio, o professor Magalhães Alves, que ali começou aos
16 anos, trabalhando e estudando. Vimo-lo agora em Muzambinho, aos 55 anos,
muito discreto, tímido embora firme, evitando declarações para não acirrar os
ânimos e não parecer que está se insurgindo. (LACERDA, 1951)
Em
1951, outro golpe contra o Colégio e a tentativa de novo fechamento. Carlos
Lacerda na “Tribuna na Imprensa” acusa Frei Querubim, Lauro Campedelli e Juscelino
Kubitschek de estarem fechando o colégio por não aceitar um colégio público
numa cidade governada por um Tucano (Messias Gomes de Mello, Tucano, tinha sido
eleito prefeito de Muzambinho).
Antônio
Magalhães Alves foi afastado, interventores colocados no colégio, e houve
manifestações na cidade: “Queremos o Magalhães”. Novo golpe havia sido
aplicado. O Colégio não fechou, mas ele não voltou.
Retorna,
em 1951 para São Lourenço. Volta para Muzambinho em 1960 por ato do governador
Magalhães Pinto, sendo transferido novamente para Três Corações como diretor em
1967. Em 1970 foi inspetor das faculdades de Varginha e Três Corações.
No
dia 13 de maio de 1977, morre em Três Corações, vítima de acidente rodoviário
na Rodovia Fernão Dias.[1].
Segundo Pereira Filho:
Antônio Magalhães Alves, um cavalheiro à moda antiga
que morreu acidentalmente ao exercer um gesto de cavalheirismo (PEREIRA FILHO,
1991)
Antônio
Magalhães Alves, foi importante para a política de Muzambinho como líder Tucano,
um dos sucessores políticos de Lycurgo Leite (talvez representante de Salathiel
na política). Foi presidente da Câmara quando esta foi destituída pelo golpe do
Estado Novo em 1937.
Segundo seu filho Graco, nesta região viveu este
cidadão prestante, o católico, o vicentino, o rotariano, o advogado, o
revolucionário, o combatente, o democrata e acima de tudo o “PROFESSOR”. (A
Mantiqueira – Salatiel 100 Anos – Edição Especial – 27/09/2001).
Seu
filho, Jairo Magalhães Alves foi deputado estadual por Minas Gerais, e, até
hoje possui um sítio da família em
São José das Três Ilhas, próximo de Juiz de Fora (município
de Belmiro Braga). O ex-deputado está residindo em Itabira. Outro filho, Graco
Magalhães Alves, foi chefe da Casa Civil da Paraíba, quando o sogro deste era
governador do estado.
Foi
professor de Geografia. São Lourenço possui a Escola Estadual Prof. Antônio
Magalhães Alves. O Centro Cívico da EE Prof. Salatiel de Almeida chamou por
muito tempo Centro Cívico Antônio Magalhães Alves. Há no distrito de Porto das
Flores, em Belmiro Braga ,
a Escola Municipal Prof. Antônio Magalhães Alves.
Foi
presidente do Boletim do Clube Rotary de São Lourenço, conforme informação do
site da entidade: http://www.saolourenco.tur.br/novo/montacidade.php?cat=7,
acessado em jan. 06.
Todo material e imagens acima, nessa página são livres e podem ser utilizados de acordo com a licença:
citando como autor Otávio Luciano Camargo Sales de Magalhães
(não se aplica para o publicado daqui para baixo)
BIOGRAFIA DE JAIR SOBRINHO
Antonio
Magalhães Alves nasceu em Juiz de Fora em 25/5/1895. Em Muzambinho começou como
inspetor de alunos no Lyceu do prof. Salatiel e depois professor de Geografia e
vice-diretor. Em 1929 se tornou Promotor da Comarca de Muzambinho, mas afastou
do cargo para empossar como catedrático efetivo do recém estadualizado Ginásio
Mineiro de Muzambinho, ocupando a cadeira 1 em abril de 1930. Era elogiado
“pelas suas invejáveis qualidades morais e pela sua sólida e brilhante
cultura”. Após o fechamento do Ginásio em 1937 lecionou em São Sebastião do
Paraíso, Alfenas e São Lourenço. Voltou em 1948 para Muzambinho para reabertura
do Colégio Estadual de Muzambinho como diretor, onde ficou até 1951 onde foi
demitido por motivos políticos pelo governador Juscelino Kubitschek, apesar da
defesa que o jornalista Carlos Lacerda fazia do mesmo em seu jornal “A Tribuna
da Imprensa”. Retorna para São Lourenço, volta para Muzambinho em 1960
readmitido pelo governador, e é transferido para Três Corações como diretor em
1967. EM 1970 foi inspetor da faculdade de Varginha. Morre atropelado em 13 de
maio de 1977 em Três Corações. Seu filho Jairo Magalhães Alves foi deputado
estadual e seu filho Graco foi chefe da Casa Civil da Paraíba.
O
Professor Antonio Magalhães Alves foi presidente da Câmara com o afastamento
para licença médica e posteriormente falecimento do Dr. Licurgo Leite em 1937,
e ficou muito tempo. Teve relevantes serviços prestados na Educação de
Muzambinho, começando como inspetor de alunos e concluindo como vice-diretor,
e, após a redemocratização em 1946, novamente como Reitor do Colégio Estadual,
sendo exonerado pelo Governador Juscelino Kubitschek em 1951, apesar de
protestos e de defesa até mesmo na “Tribuna da Imprensa” em artigos do famoso
jornalista Carlos Lacerda.
Seus
filhos estudaram em Muzambinho, sendo Jairo Magalhães Alves deputado estadual
por Minas e Graco Magalhães Alves chefe da casa civil do estado da Paraíba (o
então governador era irmão de sua
esposa). Sua esposa, Dona Magnólia Pinheiro, foi professora e coordenadora da
Escola Normal de Muzambinho.
Magalhães
Alves era um intelectual carismático, e sofreu quando tentou cassar o prefeito
Dr. José Januário de Magalhães, eleito indiretamente, tendo ingerência do
governador Benedito Valladares que acabou por cassá-lo.
[1] Grande parte das informações da vida do prof. A.
Magalhães Alves foi coletada pela profa. Ivone Bócoli Salvador e publicada no
jornal “Mantiqueira” de 27/09/2001.