FRANCISCO LEONARDO CERÁVOLO

Francisco Leonardo Cerávolo – primeiro grande empresário de Muzambinho, foi construtor dos principais prédios de Muzambinho, tendo várias empresas na cidade, incluindo vinícolas, industrias, fábricas de cerâmica, fábrica de ladrilhos de cimento, produção de telhas, tijolos e louças, produção de vinho, champanhe, aguardente, refrigerante, marcenarias, carpintarias, ferrarias, empresas de água e esgoto e construtora. Tinha uma cicatriz emblemática que foi tema de contos


BIOGRAFIA OFICIAL DO MUSEU:

FRANCISCO LEONARDO CERÁVOLO

       Era o ano de 1900, virada do século XIX, quando chegou à cidade um jovem casal, o rapaz, com vinte e um anos incompletos, era Francisco Leonardo Cerávolo, vindo da província de Catanzaro, na Calábria, Itália, e sua jovem esposa Catarina Páver, nascida em Délnice, Áustria.
       O casal conheceu- se pelo acaso do destino, quando a jovem Catarina chegou à Casa Branca, Estado de São Paulo, para visitar um tio. Estando o tio morto, Catarina, sua Tia e sua prima Ana, foram para São José do Rio Pardo, no intuito de voltarem para a Europa, porém quis o destino que os jovens se conhecessem e se enamorassem, casando- se em 12 de Outubro de 1898.
       Francisco aprendeu o ofício de marceneiro com seu pai, Domingos, ainda nos tempos em que moravam em São José do Rio Pardo. Homem inteligente e com uma grande família para sustentar, logo coloca em prática seus dotes de marceneiro, abrindo uma fábrica de móveis finos. Sua capacidade de trabalho é tão grande que logo abre fábricas de vinho, refrigerantes, cervejas, além de marcenaria, olaria e ladrilhos. Em 1923 é aprovado com Engenheiro Construtor, após defender tese pela Escola Livre de Engenharia do Rio de Janeiro. Trabalha como construtor nas principais obras da cidade, desde alinhamentos de meios- fios até obras de grande porte como Fórum e cadeia pública, atual Paço Municipal, Grupo escolar Cesário Coimbra, reforma do prédio do Liceu Municipal, cemitério, estações do Japy e Jaboti e casas de turmas até a Biguatinga para a Estrada de Ferro Mogiana, estrada de rodagem perto da estação ferroviária da Biguatinga, pontes sobre o rio Muzambo, Prédio da Escola Normal de Muzambinho, Jardim, Coreto, chafariz, Santa Casa e Clube Recreativo, instalação de empresa de fornecimento de água de 1929 a 1957 para a cidade de Muzambinho, construção de mais de 70 prédios na cidade de Muzambinho, reforma geral do Ginásio em 1952, construção da Usina Hidrelétrica da Escola Agrotécnica de Muzambinho em 1953.
         Além de todos estes empreendimentos, Francisco Leonardo Cerávolo tinha algo especial, uma preocupação com o registro de suas obras, teve o cuidado de mandar fotografar a maioria de suas obras, deixando vasto registro das mesmas, possibilitando às gerações atuais conhecerem seu trabalho.
         Foi casado durante 66 anos, ficando viúvo casou- se novamente aos 84 anos de idade com a senhora Irene Bales Trim, também viúva. Sua família foi numerosa e seus descendentes espalharam- se pelo Brasil, formaram- se médicos, engenheiros.
         Seu trabalho e obras foram tantos e tão perfeitos que é difícil imaginar como seria Muzambinho, hoje se, há 102 anos, aquele jovem casal não tivesse vindo para cá.  
          O reconhecimento da importância de suas obras para a cidade não é mais do que uma justa homenagem àquele que fez desta sua terra e a amou como se aqui tivesse nascido, pois ninguém devota- se tanto ao trabalho em uma cidade se não lhe tem amor e respeito.

“A ARQUITETURA É A MÃE DA CULTURA .”
O responsável pela construção dos prédios da antiga cadeia, grupo escolar e praça, era o Francisco Leonardo Cerávolo, construtor muito inteligente e habilidoso.

“A Cadeia, jardim e grupo escolar foram construídos por ele. Era uma espécie de engenheiro da prefeitura. Fazia o alinhamento das ruas. No caso da Rua Tiradentes, houve um erro no início do alinhamento, uma vez que as duas primeiras casas que foram construídas na rua, foram feitas cada uma em uma extremidade diferente, ou seja, uma no começo e a outra no final da rua. A primeira casa, de propriedade do Coronel Aristides Coimbra, ficava onde hoje é o Posto Jardim e a segunda foi construída pelo Ângelo Grannato  que, ao alinhar sua casa, “foi por olho” e as outras construções foram acompanhando as duas casas, de acordo com o lado em que eram construídas, seguindo a do coronel ou a do Ângelo, indo se encontrar na Rua Cônego Ezaú. “Quando o Chico Cerávolo viu que o alinhamento não ia dar certo, tirou o chapéu, passou o lenço limpando o suór da testa (ele era um homem muito calmo, quando alguma coisa estava errada, a gente só percebia que ele estava nervoso por causa desse gesto) e me perguntou: - “e agora,  como é que a gente faz ?” – Aí, eu respondi que se fosse eu, dividia, se a diferença desse um metro, deixava 50 de cada lado”. (Hermenegildo Pulcinelli – 1998)


TEXTO II - TAMBÉM DO MUSEU



FRANCISCO LEONARDO CERÁVOLO
SUA VIDA
O Sr. Francisco Leonardo Cerávolo chegou na cidade de Muzambinho no ano de 1900, na virada do século XIX. Jovem com vinte e um anos incompletos, vinha da província de Catanzaro, na Calábria, Itália. Casou-se no dia 12 de outubro de 1898, com Catarina Páver, nascida em Délnice, Áustria.
Francisco aprendeu o ofício de marceneiro com seu pai, Domingos, ainda nos tempos em que moravam em São José do Rio Pardo. Homem inteligente e com uma grande família para sustentar, colocou em prática seus dotes de marceneiro abrindo uma fábrica de móveis finos. Depois conseguiu realizar grandes empreendimentos na cidade de Muzambinho, com suas empresas que eram exemplo de capacidade e audácia. Em 1923 foi aprovado como construtor, após defender tese pela Escola Livre de Engenharia do Rio de Janeiro.
O Sr. Francisco Leonardo Cerávolo, faleceu  no dia 17 de março de 1978, na Santa Casa de Muzambinho, mas suas obras e empreendimentos ficaram registrados através de fotos, o que nos proporciona reconhecer sua importância para o desenvolvimento de nossa cidade, pois seu trabalho e obras foram tantos e tão perfeitos que é difícil imaginar como seria Muzambinho hoje se, há 102 anos, este talentoso senhor não tivesse vindo para cá.
FRANCISCO LEONARDO CERÁVOLO
SUAS EMPRESAS

Empresas:

- INDÚSTRIAS REUNIDAS FRANCISCO L. CERÁVOLO
Viti Vinicultura – Vinho, Champagne, Aguardente de Uva, Refrigerante
Fábrica de Cerâmica  - Ladrilhos de Cimento, Telhas Tipo Marselha,  Tijolos, Louças, etc.

- MARCENARIA, FERRARIA E CARPINTARIA “SUL MINEIRA”

- EMPRESA DE ÁGUA E ESGOTO “SÃO ROQUE”

- CONSTRUTORA “FRANCISCO LEONARDO CERÁVOLO”




FRANCISCO LEONARDO CERÁVOLO
SUAS OBRAS
Construções importantes:
- FÓRUM E CADEIA PÚBLICA, ATUAL PAÇO MUNICIPAL
- GRUPO ESCOLAR CESÁRIO COIMBRA
- CEMITÉRIO
- SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
- ESTAÇÕES DO JAPY E JABOTI PARA A CIA. MOGYANA
- PRAÇA PEDRO DE ALCÂNTARA MAGALHÃES
- PRAÇA DOM PEDRO II
- PRÉDIO DA ANTIGA ESCOLA NORMAL DE MUZAMBINHO
- REFORMAS NO LICEU MUNICIPAL, ATUAL E.E. PROF. SALATIEL DE ALMEIDA
- REFORMAS NO CLUBE RECREATIVO
- USINA HIDROELÉTRICA DA ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE MUZAMBINHO
- ALINHAMENTOS DE MEIOS-FIOS
- PONTES SOBRE O RIO MUZAMBO
O Sr. Francisco Leonardo Cerávolo chegou na cidade de Muzambinho no ano de 1900, na virada do século XIX. Jovem com vinte e um anos incompletos, vinha da província de Catanzaro, na Calábria, Itália. Casou-se no dia 12 de outubro de 1898, com Catarina Páver, nascida em Délnice, Áustria.
Francisco aprendeu o ofício de marceneiro com seu pai, Domingos, ainda nos tempos em que moravam em São José do Rio Pardo. Homem inteligente e com uma grande família para sustentar, colocou em prática seus dotes de marceneiro abrindo uma fábrica de móveis finos. Depois conseguiu realizar grandes empreendimentos na cidade de Muzambinho, com suas empresas que eram exemplo de capacidade e audácia. Em 1923 foi aprovado como construtor, após defender tese pela Escola Livre de Engenharia do Rio de Janeiro.
O Sr. Francisco Leonardo Cerávolo, faleceu  no dia 17 de março de 1978, na Santa Casa de Muzambinho, mas suas obras e empreendimentos ficaram registrados através de fotos, o que nos proporciona reconhecer sua importância para o desenvolvimento de nossa cidade, pois seu trabalho e obras foram tantos e tão perfeitos que é difícil imaginar como seria Muzambinho hoje se, há 102 anos, este talentoso senhor não tivesse vindo para cá.




Sua capacidade de trabalho é tão grande que logo abre fábricas de vinho, refrigerantes, além de marcenaria, olaria e ladrilhos. Em 1923 é aprovado como Engenheiro Construtor, após defender tese pela Escola Livre de Engenharia do Rio de Janeiro. Trabalha como construtor nas principais obras da cidade, desde alinhamentos de meios- fios até obras de grande porte como Fórum e Cadeia Pública, atual Paço Municipal. Trabalhou também na construção do Grupo escolar Cesário Coimbra, reforma do prédio do Liceu Municipal, Cemitério, Estações do Japy e Jaboti e casas de turmas até a Biguatinga para a Estrada de Ferro Mogiana, estrada de rodagem perto da estação ferroviária da Biguatinga, pontes sobre o rio Muzambo, Prédio da Escola Normal de Muzambinho, Jardim, Coreto, Chafariz, Santa Casa e Clube Recreativo, instalação de empresa de fornecimento de água de 1929 a 1957 para a cidade de Muzambinho, construção de mais de 70 prédios na cidade de Muzambinho, reforma geral do Ginásio em 1952, construção da Usina Hidrelétrica da Escola Agrotécnica de Muzambinho em 1953.
         Além de todos estes empreendimentos, Francisco Leonardo Cerávolo tinha algo especial, uma preocupação com o registro de suas obras, teve o cuidado de mandar fotografar a maioria de suas obras, deixando vasto registro das mesmas, possibilitando às gerações atuais conhecerem seu trabalho.
         Foi casado durante 66 anos, ficando viúvo casou- se novamente aos 84 anos de idade com a senhora Irene Bales Trim, também viúva. Sua família foi numerosa e seus descendentes espalharam- se pelo Brasil, formaram- se médicos, engenheiros.
         Seu trabalho e obras foram tantos e tão perfeitos que é difícil imaginar como seria Muzambinho, hoje se, há 102 anos, aquele jovem casal não tivesse vindo para cá.  
          O reconhecimento da importância de suas obras para a cidade não é mais do que uma justa homenagem àquele que fez desta sua terra e a amou como se aqui tivesse nascido, pois ninguém devota- se tanto ao trabalho em uma cidade se não lhe tem amor e respeito.

“A ARQUITETURA É A MÃE DA CULTURA .”
O responsável pela construção dos prédios da antiga cadeia, grupo escolar e praça, era o Francisco Leonardo Cerávolo, construtor muito inteligente e habilidoso.

“A Cadeia, jardim e grupo escolar foram construídos por ele. Era uma espécie de engenheiro da prefeitura. Fazia o alinhamento das ruas. No caso da Rua Tiradentes, houve um erro no início do alinhamento, uma vez que as duas primeiras casas que foram construídas na rua, foram feitas cada uma em uma extremidade diferente, ou seja, uma no começo e a outra no final da rua. A primeira casa, de propriedade do Coronel Aristides Coimbra, ficava onde hoje é o Posto Jardim e a segunda foi construída pelo Ângelo Grannato  que, ao alinhar sua casa, “foi por olho” e as outras construções foram acompanhando as duas casas, de acordo com o lado em que eram construídas, seguindo a do coronel ou a do Ângelo, indo se encontrar na Rua Cônego Ezaú. “Quando o Chico Cerávolo viu que o alinhamento não ia dar certo, tirou o chapéu, passou o lenço limpando o suór da testa (ele era um homem muito calmo, quando alguma coisa estava errada, a gente só percebia que ele estava nervoso por causa desse gesto) e me perguntou: - “e agora,  como é que a gente faz ?” – Aí, eu respondi que se fosse eu, dividia, se a diferença desse um metro, deixava 50 de cada lado”. (Hermenegildo Pulcinelli – 1998)