FAMÍLIA PAOLIELLO


#34 A Família Paoliello: os primeiros estrangeiros a chegarem em Muzambinho

Otávio Luciano Camargo Sales de Magalhães

           
Brasão de Armas: De azul, uma cabra de prata, acompanhada de três estrelas de ouro em chefe, postas uma e duas; e de uma ânfora em ponta do mesmo. Azul: Significa verdade e nobreza Timbre: Uma estrela de ouro Origem: Itália



            A história não nos faz concessões para a política. A família Paoliello é uma das mais importantes famílias na constituição de Muzambinho do século XIX e a primeira família de descendentes não-lusitanos a se instalar no município. Eles chegaram em Muzambinho, 35 anos antes dos primeiros italianos que saíram da Itália para fugir da crise naquele país, portanto, por mais que se esperneie – sim – na emancipação do município em 1878 era a única família italiana de Muzambinho.
            Mas não era pobres, que vieram para cá para o trabalho braçal, como as várias famílias italianas e suecas que enriqueceram com agricultura e pequena indústria artesanal. Eram fidalgos, próximos do papa, exerciam cargo de nobreza na cidade montanhesa de Viggiano, na província da Basilicata, na Itália.
            Veremos a fusão de toda família Paoliello com os Magalhães e os Coimbra, de tal forma, que nenhum descendente dos primeiros Paoliello de Muzambinho tem sangue que não seja Coimbra ou Magalhães. Todo Paoliello aqui é descendente ou de Pedro de Alcântara Magalhães ou de Camilo de Lélis Coimbra (pai de Cesário Coimbra) ou de ambos. Também se misturaram com os Pereira de Magalhães, com os Navarro (do Barão de Cabo Verde), com os Vieira Homem, com os Ribeiro da Luz (da família de Américo Luz).
            Atualmente em Muzambinho conhecemos apenas dois ramos dos Paoliello, os descendentes de Núncia Paoliello e de Arlindo Paoliello. Dos descendentes de Núncia, todos assinam o sobrenome Magnoni ou outros que adquiriram, tendo sumido o nome Paoliello, sendo bastante conhecido o sr. Hélio Magnoni, o Bibi, sogro de Milton Neves, que é casado com uma Paoliello. Os descendentes de Arlindo restam apenas seus netos Sandra e Sérgio, e os filhos do último, que foi prefeito de Muzambinho por 8 anos.
            Para fazer esse artigo não seria possível consultar os Paoliello de Muzambinho, pois pouco poderia contribuir, tamanha a dispersão familiar dos mesmos, tendo sido feito com fontes bibliográficas diversas.


O papa enviou para o Brasil, em 1861[1], dois padres para dar assistência espiritual aos imigrantes italianos, enviando dois irmãos padres, Próspero Paoliello (para Muzambinho) e Rafael Paoliello (para Araçatuba).  Trouxe também seus sobrinhos José Maria Paoliello e Próspero Paoliello Sobrinho, filhos de Francisco Antônio Paoliello e Núncia Nigro. Próspero Paoliello Sobrinho trouxe para o Brasil um filho italiano chamado Francisco Domiano Paoliello, que teve com Maria Rosa na Itália. José Maria Paoliello era casado com Balbina Cândida da Luz, filha do Cap. José Joaquim Machado e Maria Justina da Luz Magalhães. Maria Justina era filha de Pedro de Alcântara Magalhães, fundador da cidade. Balbina era irmã de Cândida Francisca de Oliveira, esposa do Cel. João Januário de Magalhães e de Maria Teodora da Luz, mãe de Cesário Coimbra. O primeiro filho de José Maria é Francisco Antônio Paoliello (fundador  e primeiro presidente da Società di Muto Soccorso 20 Settembre”, em agosto de 1886 que originou o Centro Cultural Ítalo Brasileiro), o segundo foi o Dr. Luiz Maria Paoliello, um dos fundadores do Lyceu em 1901. Próspero Paoliello Sobrinho é natural de Viggiano, na Basilicata. O filho com Maria Rosa foi o Tenente Francisco Domiano Paoliello, nascido em Viggiano, Basilicata, Itália, que mudou para o Brasil com o pai. O Ten. Francisco Paoliello morreu em 1903 em Muzambinho com 40 anos. O Ten. Francisco Paoliello foi casado no primeiro casamento com Maria das Dores Soares, da família Magalhães, e do segundo casamento com Maria Luísa de Oliveira, da família Viera Homem. O Ten. Francisco Paoliello teve um filho chamado Próspero Paoliello. A quarta filha do Ten. Francisco Paoliello, é Núncia Paoliello, casada com Alexandre Magnoni, mãe do Sr. Hélio Magnoni, o Bibi, sogro do apresentador de televisão Milton Neves.
            Soares (1940) diz sobre o primeiro padre de Muzambinho, Próspero Paoliello era “de nacionalidade italiana, um homem muito culto”.
O bispo de São Paulo, em 19 de agosto de 1867 aprovou o padre estrangeiro como vigário encomendado da freguesia de S. José da Boa-Vista, "e que nesta data expede-se aviso ao Ministério da Fazenda, para mandar pagar aos referidos sacerdotes as congruas a que tiverem direito.". O Padre Próspero Paoliello foi naturalizado brasileiro, pelo Decreto 1.468, de 18 de setembro de 1867, mesmo ato que naturaliza Próspero Paoliello Sobrinho, a partir de 11 de dezembro. Em 15 de novembro de 1884 o Pe. Próspero Paoliello foi empossado “vereador suplente”.
 
Cel. Francisco Paoliello
Foi presidente da Câmara, deputado estadual e federal

GENEALOGIA DOS PAOLIELLO

            A genealogia dos Paoliello, resumidamente pode assim ser simplificada[2]

1.1 FRANCISCO ANTÔNIO PAOLIELLO, já falecido em 1862, irmão de Próspero Paoliello, casado com NÚNCIA NIGRO.
                2.1 JOSÉ MARIA PAOLIELLO, natural de Viggiano, Basilicata, Itália. Foi oficial do Registro Civil em Muzambinho. Faleceu em Muzambinho, em 27.7.1899, com 67 anos. Foi cadaso com BALBINA CÂNDIDA DA LUZ, filha do Capitão José Joaquim Machado e Maria Justina da Luz Magalhães, ambos de famílias tradicionais de Muzambinho. Maria Justina era filha de Pedro de Alcântara Magalhães, primeiro chefe de Muzambinho e sogra de Cesário Coimbra. José Joaquim é descendente do Cap. Frutuoso Machado Tavares e Silva. Era proprietário da Fazenda Conceição, no município de Caconde, onde residia minha falecida namorada Daniele de Cássia Limonge e também de parte de terras no Campestre de Cima, onde houve trocas com Jsé Januário de Magalhães. Em 16.3.1887 o casal libertou os escravos Francisco Desidério e Venância Maria, conforme Livro 4 do 1o Cartório de Notas de São José do Rio Pardo[3].
                               3.1 FRANCISCO ANTÔNIO PAOLIELLO, nascido em 27.2.1864 em Muzambinho, tendo padrinhos Cesário Cecílio de Assis Coimbra e Maria Justina da Luz. Fundador em agosto de 1886 a “Società di Mutuo Socorso 20 Settembre”, que originou o Centro Cultural Ítalo Brasileiro. Em 16.3.1887 fez a locação dos serviços dos escravos libertados por seu pai, Francisco Desidério e Venância, trabalhando por 5 anos, saldando a dívida de 1 conto e 500 mil réis que lhes emprestara para comprarem a liberdade.
                               3.2 DR. LUÍS MARIA PAOLIELLO, nascido em 7.10.1865 em Muzambinho, padrinhos Próspero Paoliello e Teodora da Luz. Casou-se com OCRÍSIA PINHEIRO LEITE, natural de Ouro Fino e viúva do Dr. Luís Leite, filha de Antônio Augusto Silva Pinheiro e Francisca Teolinda Pinheiro. Ocrísia é irmã da esposa do Dr. Lycurgo Leite, Orminda Pinheiro, e, o seu primeiro marido, Luís Leite, é parente de Lycurgo. Luís Paoliello foi vereador em Muzambinho e foi um dos fundadores do Lyceu em 1901.

Luís Paoliello
Foto do Acervo Municipal

                               3.3 ARTUR CELESTINO PAOLIELLO, nascido em 28.6.1887 em Muzambinho, batizado em 6 de julho, padrinhos Francisco Cândido Machado e Maria Justina da Luz. Em 1888 residia em São José do Rio Pardo. Foi oficial do Registro Civil de Muzambinho. Casou-se em 2.8.1888 em Muzaminho com BALBINA CÂNDIDA DE ARAÚJO ou BALBINA CÂNDIDA DA LUZ ou BALBINA BELMIRA, nascida em Muzambinho em 5.2.1864, batizada em 6 de março, padrinhos Antônio Caetano de Magalhães e Delfina Maria de Magalhães. Balbina é filha de Silvério Alvares de Araújo e de Cândida Carolina de Araújo, neta paterna e Antônio Alvares de Araújo e Joaquina Rosa da Silva. Francisco Paoliello foi testemunha do casamento. Em 28 de setembro de 1889, conforme mostra o Termo de Juramentos da Câmara Municipal durante o Império, foi nomeado Delegado Literário pelo Inspetor Municipal de Instrução Pública, Cel. Júlio Cézar de Tavares Paes, mais tarde senador estadual. A nomeação foi feita por Francisco Cândido Machado. Teve atuação política na cidade.
                                               4.1 ALCINDO PAOLIELLO, nasceu em Muzambinho, com 23 anos casou em 7.11.1912 com AMÉLIA RESENDE DE CARVALHO, de 18 anos, nascida em Rio Preto (MG), residente em Muzambinho e filha de José Moreira Carvalho e Amélia Resende Carvalho, já falecida.
                               3.4 ADOLFO PAOLIELLO, casado com TERTULIANA DE FARIA, natural de Cajuru, onde residia e morreu em Muzambinho em 9.2.1899, com 22 anos, filha do Maj. Justino Rodrigues de Faria e Maria Cândida de Faria.


                Todos os Paoliello acima são descendentes de Pedro de Alcântara Magalhães também, visto que a esposa de José Maria era filha do mesmo.

                2.2 TENENTE PRÓSPERO PAOLIELLO SOBRINHO, natural de Viggiano, Basilicata, Itália, teve um filho natural com MARIA ROSA. Casou-se em 14.6.1866 em Muzambinho com CAMILA MARIA LELLIS COIMBRA, natural de Batatais, filha do Professor Régio Camilo Maria Lellis Coimbra e Maria Joaquina Sacramento, irmã de Cesário Coimbra, sendo testemunhas do casamento Pedro de Alcântara Magalhães, Elias Figueira de Ornelas, Ana Custódia de Magalhães e Francisca Cândida de Moraes. Em 1889, Próspero já era falecido.
                               3.1 TENENTE FRANCISCO DOMIANO PAOLIELLO, filho de Maria Rosa[4], nasceu em Viggiano, Basilicata, Itália, veio com seu pai para o Brasil, falecendo em Muzambinho em 31.7.1903, com 40 anos. Foi casado em primeiras núpcias com MARIA DAS DORES SOARES, filha de Francisco Teodoro Soares e Maria Balbina Oliveira Magalhães, de famílias tradicionais de Muzambinho, esta última neta de Pedro de Alcântara Magalhães. Após ficar viúvo, casou-se em oratório particular com MARIA LUÍSA DE OLIVEIRA, filha de Francisco Tristão de Oliveira e Ana Francisca de Brito, da família dos Vieira Homem, onde residiram na Praça Cristóvão Colombo, hoje Praça Pedro de Alcântara Magalhães. Seus filhos do segundo matrimônio foram:
                                               4.1 PRÓSPERO PAOLIELLO.
                                               4.2 RAQUEL DOMIANO PAOLIELLO, nascida em Muzambinho, casou-se em 18.8.1906 com PASCHOAL PERNICE, natural de Coenza, Itália e freguês de Mococa, filho de Vicente Pernice e Burnella.
                                               4.3 MARIA DOMIANO PAOLIELLO, nascida em Muzambinho, casando-se aos 24.4.1911 com ELPÍDIO HILÁRIO VIEIRA, natural de Cabo Verde, filho de Manuel Antônio Vieira e Cesária Vieira.
                                               4.4 NÚNCIA PAOLIELLO, casada com o viúvo ALEXANDRE MAGNONI, natural de Mococa – SP, nascido em 19.12.1889, falecido em 1958. Tiveram como filhos
                                                               5.1 ORDÁLIA
                                                               5.2 CARMEM MAGNONI, professora Zazá, casada com JOSÉ BRAGA.
                                                               5.3 FRANCISCO   
                                                               5.4 IVONE
                                                               5.5 ALEXANDRE, conhecido como Nego
                                                               5.6 HÉLIO, conhecido como Bibi, que entre seus filhos tem:
                                                                              6.1 LENICE CHAME MAGNONI NEVES, casada com o apresentador de televisão MILTON NEVES
                                                               5.7 CARLOS
                                                               5.8 GILA
                                                               5.9 NÍVEA
                                                               5.10 BENITO MUSSOLINI MAGNONI, casado com ANTONIETA POSSEBON. Ele faleceu em janeiro de 1999 em São José do Rio Pardo.

 
Alexandre Magnoni
Foto do Acervo Municipal

 
Milton Neves
Foto do Terceiro Tempo


                                               4.5 FRANCISCA DOMIANO PAOLIELLO, nascida em Muzambinho aos 18.12.1899 e falecida em 30.11.1956, foi a segunda esposa de JOSÉ RODRIGUES MAGALHÃES, bisneto de Pedro de AlcÂntara Magalhães.

                Todos os demais filhos de Próspero Paoliello Sobrinho foram com D. Camila Maria Lellis Coimbra, irmã de Cesário. (O primeiro era filho de sua mulher italiana).
                               3.2 NÚNCIA ADELAIDE PAOLIELLO, nascida em Muzambinho em 10.5.1867, às 22h, tendo como padrinhos o Vigário Próspero Paoliello e Emirena Lélis Coimbra. Foi casada com o primo CORONEL LINDOLFO CECILIO DE ASSIS COIMBRA, filho do Coronel Cesário Cecílio de Assis Coimbra e Maria Teodora da Luz.

 
Lindolfo Coimbra
Foto do Acervo Municipal

                               3.3 CESARINO PAOLIELLO, batizado em Muzambinho, casado em 29.11.1890 com MARIA CLAUDINA RIBEIRO DA LUZ, nascida em Conceição do Rio Verde (MG), filha de Antônio Ribeiro da Luz e Maria Rufina de Souza.
                               3.4 CAMILO PAOLIELLO, nascido em 1881 e morto em 1952, casado com EPONINA NAVARRO, em 30.10.1903, em Muzambinho, no oratório do sobro. Ela era filha do Cel. Francisco Navarro de Moraes Sales com Delmina América de Magalhães, neta paterna do Barão de Cabo Verde, Tenente Coronel Luís Antônio de Moraes Sales, e neta materna do Major Joaquim Leonel Pereira de Magalhães e Ana Custódia de Morais Navarro. Havia impedimento misto de 4º e 3º graus. O Major Leonel é bisavô do ator Tarcísio Meira.

Eponina Navarro e Camilo de Lelis Paolielo
Fonte: Wikipédia

                                               4.1 VIGGIANINA NAVARRO PAOLIELLO DE QUEIROZ, nascida em Muzambinho em 23.2.1912 e falecida em 26.3.1983 em São Paulo, capital. Casada com FLÁVIO DE QUEIRÓS FILHO, NASCIDO EM 1909 e morto em 1974, filho de Flávio Augusto de Oliveira Queirós e Julieta Goulart Penteado Pimentel de Queiroz[5].

Vigianina Navarro Paoliello de Queiroz e Flávio de Queirós Filho
Fonte: GENI

                                               4.2 GERALDO NAVARRO PAOLIELLO.
                                               4.3 ONOFRE NAVARRO PAOLIELLO
                                               4.4 ROSINHA NAVARRO PAOLIELLO               
                                               4.5 DOMINGOS NAVARRO PAOLIELLO, nascido em Muzambinho aos 23 de dezembro de 1925 e morto em 14 de abril de 2001 em Jundiaí, era economista, tradutor e poeta brasileiro.
                                               4.6 NIOBE NAVARRO PAOLIELLO
                                               4.7 GREENHALG ‘PARNAÍBA’ NAVARRO PAOLIELLO, nascido em 1908 em Muzambinho e falecido em 29 de maro de 1972. Foi importante engenheiro.
                                               4.8 ADEMAR NAVARRO PAOLIELLO, nascido em 5 de setembro de 1905 em Muzambinho e morto aos 25 de abril de 1957, foi um médico sanitarista brasileiro, que atuou no Instituto Rockefeller e estudou epidemiologia estatística na Universidade Johns Hopkins, uma das mais conceituadas do mundo. Vale ressaltar que é parente de outro médico famoso, Vital Brasil, que é da família do Major Leonel Pereira de Magalhães, já citado.


Ademar Paoliello no site Gene All. Veja a descendência dos Coimbra, Paoliello, Navarro e Pereira Magalhães

                                  


4.9 VERA NAVARRO PAOLIELLO

Ademar Paoliello e Domingos Paoliello
Fonte perdida

                               3.5 CORONEL FRANCISCO PAOLIELLO, nascido e Muzambinho, em 14.3.1871, falecido em Niterói em 26.7.1939. Foi casado com ADÉLIA LOPES em 21.9.1904, natural de Campanha (MG), nascida por volta de 1891, filha de João Eugênio Ferreira Lopes e Ana dos Santos Lima. Isoldi alega que as testemunhas do ato nupcial foram Cesário Coimbra e Salatiel de Almeida, porém, Cesário Coimbra já havia falecido na época do casamento. Francisco Paoliello foi por dois mandatos presidente da Câmara e agente executivo municipal, por dois mandatos deputado estadual e por dois mandatos deputado federal, sendo muito próximo de Artur Bernardes, do qual trocou missivas em nosso poder (e merecerá uma biografia própria). Isoldi diz que ele era abolicionista e republicano, porém, quando a república foi proclamada ele não tinha registro de atuação política alguma. Ele faleceu no mandato parlamentar. Soares (1940) diz que era “culto, pois era grande conhecedor da História Universal e primoroso vernaculista, era, também, um orador de linguagem fluente, de pronúncia requintada e brilhante”.
                                3.6 MARIA HENRIQUETA PAOLIELLO casou-se em Muzambinho em 1.2.1892 com o secretário da Câmara Municipal ORFEU RODRIGUES DE ALVARENGA, filho do Tenente Coronel José Rodrigues de Alvarenga e Matildes Resende. Orfeu foi nomeado Secretário da Câmara em 3.10.1893 e permaneceu até antes de 12.6.1894. Entre seus filhos, houve:
                                               4.1 ONEYDA PAOLIELLO DE ALVARENGA, nascida em Varginha aos 6 de dezembro de 1911 e morta em São Paulo em 23 de fevereiro de 1984, foi jornalista, poetisa, ensaísta e folclorista brasileira. Recebeu muitos prêmios, e a discoteca do Centro Cultural São Paulo leva seu nome. Foi responsável pela organização da biblioteca de Mário de Andrade, publicando suas obras póstumas. Foi tema de uma dissertação de mestrado da USP, de autoria de Valquíria Maroti Carozze com o título “A menina boba e a discoteca”.
                               3.7 ARLINDO PAOLIELLO, que se casou em Muzambinho, no dia 12 de abril de 1909, com IOLE TARDELLI. Entre seus filhos teve.
                                               4.1 LINCONL PAOLIELLO, que se casou com ALICE CERÁVOLO, filha de Calimério José Cerávolo e Mariúxa Viola.
                                                               5.1 SÉRGIO ARLINDO CERÁVOLO PAOLIELLO, que foi prefeito de Muzambinho, por 8 anos.
                                                               5.2 SANDRA VANIRA CERÁVOLO PAOLIELLO
                                                               5.3 CELSO
                                                               5.4 TÉO

Sérgio Paoliello
Foto da Câmara Municipal

                               3.8 PRÓSPERO PAOLIELLO, nascido em 11 de janeiro de 1884 em Muzambinho, e que se casou em Muzambinho em 28.1.1913, com MARIA ANTONIETA COIMBRA DA LUZ, nascida em Muzambinho em 28 de janeiro de 1913, filha de Américo Gomes Ribeiro da Luz e Hortência de Assis Coimbra, neta de Cesário Coimbra e trineta de Pedro de Alcântara Magalhães. Note que são pelo menos quatro pessoas com o nome de Próspero Paoliello.


Atenção para leitura da Árvore Genealógica: quando você vê números 5.1, 5.2, 5.3, etc abaixo de, digamos 4.1, significa que são filhos de 4.1. É assim com toda numeração decrescente que vai nos revelando as numerações.

HÁ OUTROS PAOLIELLO?

           

A família Paoliello também teve outras origens no Brasil, veja a informação do site http://familytreemaker.genealogy.com/users/p/a/o/Fernando-Paoliello-MG/, acessado em 2 de fevereiro de 2015:

A Familia PAOLIELLO veio da Itália para o Brasil em 1883. Aqui, eles se estabeleceram em várias cidades brasileiras.
Este lado da árvore genealógica começou com PRÓSPERO PAOLIELLO e sua esposa MARIA ELIONORA BOFFA in Vermelho Novo, uma pequena cidade de Minas Gerais.

Eles nasceram em Viggiano,Basilicata,IT
(http://www.geocities.com/TheTropics/Cabana/2029/index.htm) e tiveram cinco filhos: Francisco Antonio, Domingos Antonio, Rafael, André e Maria Rufina. O mais velho, Francisco Antonio(Vovô Chico), casou-se com Rita de Assis(Vovó Rita) e tiveram onze filhos: Philomena, Leonor, Próspero, Lino, Maria, José, Yolanda, Sylvia, Nair, Altair e Ângelo Paoliello.

Estamos procurando os PAOLIELLO que estiverem espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Quaisquer informações serão bem vindas e estamos dispostos as compartilhar as que temos.

Obrigado.

Fernando Paoliello & Romero Paoliello

            O texto escrito em 2003 mostra que a família é a mesma, tendo vindo e Viggiano, em Basilicata, e, há um cidadão com nome Próspero, informações não fornecidas por Isoldi. É fácil ver que os Paoliello chegaram mais de 20 anos antes em Muzambinho, e, o Próspero não é nenhum dos quatro que aqui viveu.



ARTIGOS ORIGINAIS SOBRE A VINDA DOS PAOLIELLO PARA MUZAMBINHO












 

















[1] Curiosamente a paróquia só foi criada em Lei em 1866, ou seja, 6 anos depois da chegada do pároco. Nós temos registros de batismos anteriores à 1866, em 1862, quando Próspero já estava em Muzambinho.
[2] Os textos abaixo foram reproduzidos do texto de Maria Celina Exner Godoy Isoldi, sob o título “Um antigo habitante da região de Cabo Verde (Minas Gerais): Frutuoso Machado Tavares e Silva” onde há, entre outras, as genealogias dos Magalhães, Machado, Paoliello, Coimbra, Vieira Homem, entre outras. Publicado na revista da ASBRAP, comemorativa do 5º aniversário, em 1998. Muitos textos são muito textuais, e, para evitar problemas na apresentação da genealogia não fazemos destaque para dizer que o texto não é nosso, mas todos os créditos se devem para Isoldi. Os dados foram atualizados porém, com vários sites confiáveis sobre a família.
[3] “Escravos de São José do Rio Pardo III. As primeiras Cartas de Alforria e outras notas” de Rodolpho José Del Guerra, publicado na “Gazeta do Rio Pardo” de 19.12.1998, página C-2.
[4] Esse dado de paternidade foi fornecido por Racine Magalhães em suas anotações.
[5] Julieta Goulart Penteado Pimentel, depois de casada, de Queirós, nasceu em Amparo em 1886 e faleceu em 1958. Amparo foi a mesma cidade que nascera minha avó, também da família Pimentel. Desconheço relação de parentesco, mas o que é bem provável, pois, o pai dele era Damásio Pires Pimentel, nascido em Aparo em 1853.