Fabio de Oliveira
Coimbra
Dr. Fábio e sua esposa Dona Josefina.
Foto de Marta Alves, do site: http://capeladosbueno.martaalves.com/
Dr. Fábio e sua esposa Dona Josefina.
Foto de Marta Alves, do site: http://capeladosbueno.martaalves.com/
Era filho de Camilo Cecílio de
Assis Coimbra e de Antonieta Augusta Junqueira Oliveira Coimbra, nascido em
04/04/1901, na fazenda Jardim, Município de São José das Letras, Paróquia de
Baependi (MG). Formou-se em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Veio para Muzambinho, onde exerceu sua profissão por pouco tempo por motivo de
saúde. Casou-se com a farmacêutica Josefina Bueno e, como não tiveram filhos,
dedicaram suas vidas em atender os menos afortunados, minorando-lhe suas
sofridas vidas. Não só contribuíam financeiramente, mas, principalmente,
cuidavam de suas saúdes, oferecendo-lhes carinho e dando-lhes conselhos e
orientação de vida. Quando de seu falecimento, havia deixado no Banco de
Crédito Real, agência Muzambinho, uma grande quantia para que sua mulher
empregasse todo o dinheiro na melhoria das casas mais carentes do Bairro Brejo
Alegre, construindo banheiros, tanques para lavar roupa e outras benfeitorias.
Profundamente religioso, dividia seus estudos entre a Medicina e a Teologia.
Foi o primeiro médico a trazer a recém descoberta penicilina para Muzambinho,
medicamento que salvou muitas vidas no município. Era um homem compreensivo e
carinhoso com todos que com ele conviviam, sobretudo com seus sobrinhos, filhos
de seu irmão Dr. Ismael, com quem tinha contatos diariamente, pois as duas
famílias residiam na mesma casa. Além do médico Dr. Ismael de Oliveira Coimbra,
também morador de Muzambinho, tinha os irmãos Gastão, advogado e eleito
deputado estadual pelo município de Curvelo (MG); Márcio, falecido aos 18 anos
de idade; Hilda, normalista; e Evangelina, que faleceu aos quatro anos de
idade. Foi eleito vereador para a legislatura de 1936 a 1939, quando seu irmão
Gastão era o presidente do partido Progressista em Muzambinho. Todavia a câmara
só funcionou por um breve período de 1936/1937, pois no dia 10/11/1937, o
Presidente Getúlio Vargas deu um golpe de Estado, prorrogando seu mandato,
fechando o congresso e extinguindo todos os partidos políticos, iniciando o chamado
“Estado Novo”. Dr. Fábio e sua esposa gostavam muito de cinema e só faltavam
nos dias que o filme era reprisado. Por uma especial deferência de seu amigo e
proprietário do cinema Hugo Bengston, tinha permanentemente reservada duas
cadeiras, uma para si, outra para sua mulher. Faleceu no dia 15/12/1965,
deixando consternados não só seus familiares, mas todos os amigos e as pessoas
que com ele conviveram. Foi sepultado no cemitério de Muzambinho.
Texto de Jair Sobrinho.
Texto de Jair Sobrinho.