Tenente Coronel Cesário Coimbra
Exaustivamente já
biografamos a vida da família Coimbra, mas, o Cel. Cesário Coimbra merece um
destaque, visto que foi importante na constituição do município de Muzambinho,
e, graças a ele, a família Coimbra se consolidou em Muzambinho.
Nasceu
em 1839 no município de Cabo Verde e casou com Maria Teodora, da família
Magalhães. Foi o primeiro presidente da Câmara de Muzambinho, já tendo sido em
duas ocasiões presidente da Câmara de Cabo Verde (enquanto Muzambinho ainda era
distrito de Cabo Verde, de 07.01 a 12.10 de 1873 e de 12.01.1874 a
31.04.1875.). Brotero (1951) faz o seguinte comentário sobre o político local:
“Cesário
Coimbra, Tenente Coronel, tornou-se o personagem de maior destaque na vida
social e o verdadeiro impulsionador do progresso local, além de chefe político
de real prestígio. A ele, Muzambinho muito deve, principalmente pelo que fez
naquela fase da formação e crescimento. Tal era a sua influência eleitoral, que
ao ser elevada a vila de Muzambinho à categoria de cidade, (1881), sobrepujou a
todos os companheiros de chapa na primeira eleição e recebeu a alta consagração
de presidente da primeira Câmara Municipal.”
Brotero
faz exaustivos comentários sobre a mistura das famílias Coimbra e Luz, sobre o
casamento das quatro filhas de Cesário Coimbra com os quatro filhos do
desembargador Antônio Máximo Ribeiro da Luz, e faz um comentário interessante
sobre Aristides Coimbra: “Este continuou
com o prestígio paterno e com a chefia do partido, passando por sua morte o
bastão de comando ao Dr. Licurgo Leite”, aqui se confundindo a história dos
pica-paus e tucanos que podemos ler nos jornais “O Muzambinhense” dos anos 1929
e 1930.
Cesário
foi eleito primeiro presidente da Câmara de Muzambinho, conforme podemos ver em
Carvalho (1998), p.270, numa ata da Câmara de Cabo Verde, de 30 de novembro de
1880, para eleger os vereadores para o quatriênio de 1881 a 1886, em
conformidade com a lei e instruções do governo. Presentes as autoridades de São
José da Boa Vista (que será o novo município de Muzambinho), Santa Bárbara das
Canoas (Guaranésia) e faltando a Paróquia de Dores de Guaxupé, que não havia
seguido as instruções recebidas. O resultado dá como vereador mais votado “Tte. Cel. Cezário Cecílio de Assis Coimbra,
negociante, residente em São José do Boa Vista, 304 votos”. A ata
secretariada por Boaventura Bardi, mostra a votação de vereadores de
Muzambinho, e a escolha como mais votado de Cesário Coimbra[1].
Cesário
Coimbra passou o restante de sua vida em Santos (há versões que afirma que ele
viveu o restante da vida em São Vicente), no litoral paulista. Segundo a
professora Maria Antonieta, passou o resto de sua vida dedicado à causa
abolicionista, soltando escravos, tendo sido convertido ao abolicionismo pelo
seu genro Américo Luz. Faleceu em Santos em 1889.
A
profa. Maria Antonieta me disse que os Coimbra se caracterizam pelo idealismo.
BIOGRAFIA DO MUSEU DE MUZAMBINHO:
Cel. Cesário
Cecílio de Assis Coimbra
Natural de Cabo Verde,
cidade vizinha de Muzambinho, onde nasceu no dia 19 de março de 1839, filho do
casal Camilo Maria Lélis Coimbra e Dona Rosa Lélis Coimbra. Ainda bem jovem
transferiu sua residência para Muzambinho, até então um modesto povoado e para
cujo progresso lutou de corpo e alma. Casou-se com Dona Maria Teodora Coimbra
com quem teve oito filhos. Quatro homens e quatro mulheres: Hortência, Julieta,
Augusta e Antonieta e os irmãos, Rodolfo, Lindolfo, Aristides e Camilo.
Conseguiu uma loja de fazendas e armarinhos, relativamente grande para São José
da Boa Vista.
Fonte: Setor de Patrimônio Histórico, Artístico e
Cultural de Muzambinho – MUSEU MUNCIPAL FRANCISCO LEONARDO CERÁVOLO.
BIOGRAFIA DO MUSEU DE MUZAMBINHO:
Cel. Cesário
Cecílio de Assis Coimbra
Retrato a óleo do
Coronel afixado na Escola Estadual Cesário Coimbra.
Natural de Cabo Verde,
cidade vizinha de Muzambinho, onde nasceu no dia 19 de março de 1839, filho do
casal Camilo Maria Lélis Coimbra e Dona Rosa Lélis Coimbra. Ainda bem jovem
transferiu sua residência para Muzambinho, até então um modesto povoado e para
cujo progresso lutou de corpo e alma. Casou-se com Dona Maria Teodora Coimbra
com quem teve oito filhos. Quatro homens e quatro mulheres: Hortência, Julieta,
Augusta e Antonieta e os irmãos, Rodolfo, Lindolfo, Aristides e Camilo.
Conseguiu uma loja de fazendas e armarinhos, relativamente grande para São José
da Boa Vista.
O Coronel era uma pessoa que se impunha pela honradez e firmeza do
caráter. Com uma inteligência muita viva e perspicaz, rapidamente, infiltrou-se
na intimidade do Tenente Francisco Antônio Bueno e auxilidado por este,
tornou-se junto com a família Magalhães o baluarte das coisas públicas do
povoado de Muzambinho. E desde então lutou incessantemente pelo progresso da
comunidade que residia.
Ao
seu dinamismo e anseio pelo progresso deve Muzambinho a sua elevação a
distrito, vila, município, cidade e comarca. Exerceu durante muitos anos o
cargo de Presidente da Câmara Municipal (09/01/1881 a 07/01/1883), sendo seu
primeiro presidente. Atuou incansavelmente pelas melhorias da cidade de
Muzambinho.
Nos
anos de 1882/1883, sentiu que os seus projetos iniciais haviam se concretizado,
mudou-se para Santos e faleceu no dia 20 de março de 1889 na cidade de São
Paulo, após ter completado 50 anos de idade.
Perpetuando
a memória do saudoso benfeitor da terra muzambinhense, a Câmara Municipal,
interpretando o justo sentimento popular prestou-lhe merecida homenagem, dando
o seu nome ao Grupo Escolar local.
Em
Sessão Solene realizada a 02 de outubro de 1917, foi inaugurado, na sala da
diretoria do aludido educandário, o retrato a óleo daquele saudoso e
inesquecível benemérito de Muzambinho.
Fonte: Setor de Patrimônio Histórico, Artístico e
Cultural de Muzambinho – MUSEU MUNCIPAL FRANCISCO LEONARDO CERÁVOLO.
[1] Os outros votados foram: Mizael José Barbosa Sandoval
(negociante em Santa Bárbara), 284 votos. Cap. Miguel Custódio Bastos (São José
da Boa Vista), 225. José Jacinto Pereira de Magalhães (Dores de Guaxupé), 225
votos. Francisco Alves de Araújo (São José da Boa Vista), 222 votos. Cap. Francisco
Antônio Bueno (São José da Boa Vista), 128. João Antônio Marques (São José da
Boa Vista), 122. Quintino Ribeiro de Sousa (São José da Boa Vista), 45. Tte.
Francisco Bueno de Azevedo (São José da Boa Vista), 44. José Mariano de Almeida
(São José da Boa Vista), 43. Tte. Luiz Antônio Pinto, 25. Tte. Carlos Antônio
de Sousa Gomes, 24. Alf. Rafael Antônio Marques, 24. Joaquim Teodoro de
Almeida, 23. Alf. Manoel Gonçalves dos Santos, 11. Tte. João Januário de
Magalhães, 1. Silvério Gonçalves dos Santos, 1. Vicente Gonçalves Rosa, 1.
Fernando Antônio Gomes, 1.